História da ADRACES

A ADRACES foi criada em 1992 com o objetivo de valorizar e implementar novas formas de intervenção ao nível das comunidades locais, através da conceção e implementação de políticas ativas de dinamização das zonas rurais. 

Para a prossecução desse objetivo foi constituída com um figurino institucional e técnico com características de interdisciplinaridade - uma estrutura que reúne vários pensamentos e sinergias institucionais e individuais, com capacidade para impulsionar e polarizar ações numa escala intermédia de intervenção, características que a tornam flexível e capaz de criar e gerir políticas de desenvolvimento local indutoras de novas pedagogias de desenvolvimento de base local. 

A sua estratégia de atuação tem sido, desde a sua constituição, norteada pela aplicação da metodologia LEADER, cujo carácter inovador e experimental, bem como o perfil integrador de políticas, atores, ações e projetos locais, e ainda abordagem de desenvolvimento endógeno (botom-up) e orientação no sentido de garantir a valorização do conhecimento e autonomia locais, representaram uma nova fórmula de trabalho que permitiu promover o empowerment e a inovação em atividades e ações implementadas no território. 

É com esta dinâmica e filosofia de intervenção que, em mais de 20 anos de atividade, a ADRACES atingiu o estatuto de entidade com papel determinante e catalisador de dinâmicas do desenvolvimento local/regional. A sua intervenção tem contribuído, de forma decisiva, para que na BIS se desenvolvesse uma cultura local capaz de gerar capacidades de representação coletiva e, através dessa força, negociar mais-valias para o território, numa participação e colaboração interinstitucionais ativas, cujos protagonistas têm sido decisivos para a animação do tecido socioeconómico da Região no seu todo.

A sua estratégia de intervenção assenta nos seguintes pressupostos:
 

  • Imprimir uma dinâmica continuada, interligada e integrada ao conjunto do território;
     
  • Continuar com o compromisso assumido de ser agente dinamizador e ativo na construção de uma BIS competitiva e de excelência, através da maximização de sinergias e equilíbrios institucionais e multisectoriais e da articulação de programas e ações integradas de desenvolvimento territorial;
     
  • Consolidar cooperações e partenariados assentes em estratégias de longo prazo, de diversificação da base económica e sociocultural local, dando papel relevante à qualificação de pessoas, instituições e empresas;
     
  • Procurar uma articulação ativa entre os mecanismos de desenvolvimento ascendentes e descendentes entre os atores locais, regionais, nacionais e internacionais, para a dinamização e promoção de uma imagem genuinamente rural, num contexto de enraizamento e entrosamento da identidade e modelos culturais;
     
  • Reforçar a participação aberta dos cidadãos e/ou instituições que os representam na definição e execução de ações que criem e aprofundem redes de cooperação, em que a solidariedade e equidade social são princípios de destaque, no sentido de solidificar laços e partenariados locais, por forma a se ganhar dimensão e competitividade regional;
     
  • Reforçar a estabilidade e viabilidade socioeconómica rural, através da diversificação e conversão, incutindo nas populações um espírito de iniciativa que promova uma maior diversificação das formas de rendimento e contrarie a desertificação e desemprego tendencial, criando emprego e qualificando recursos;
     
  • Compreender e enfrentar os desafios da globalização, cujo dilema fundamental passa pela capacidade de se conjugar harmoniosamente o facto de sermos habitantes de uma civilização global, com o direito à manutenção das nossas raízes e identidade cultural e, pela necessidade de se encontrarem novos equilíbrios entre o social, o político e o económico, entre a cidadania e a democracia, entre as semelhanças e as diferenças.

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